É um cantor moçambicano nascido em Nampula.
Ali Faqui foi rejeitado e abandonado na rua pelo pai por
ser Albino mas foi recuperado pela mãe e nessa altura Ali Faqui sugeriu a mãe
que lhe tirasse a vida a mãe negou o pedido do filho ela preferiu perder o lar
para proteger o filho.
Quando ali Faqui frequentava a quarta classe entrou numa
escola de música mas que acabou fechando pela falta de alunos, ainda em
decorrência do albinismo teve que abandonar os estudos no ano de 1983 quando
cursava a quinta classe do período noturno na Escola Secundária de Nampula os
problemas de vista congênitos aos portadores desta anomalia orgânica acabaram
por dificultar o seu processo de aprendizagem diante de tais adversidades foi
neste momento que decidiu apostar ainda nas actividades que já desempenhava
como músico amador nas ruas da cidade de Nampula.
Neste período foi fortemente influenciado pela Música Popular
em voga na altura pela música tanzaniana pelas tradições do tufu foi início ao
pé danças típicas da Província de Nampula e particularmente pelas canções dos
filmes indianos que imitava mesmo sem saber falar a língua indiana de tal
maneira que a sua aprendizagem musical deu-se sobretudo de forma auto didáctica
ou seja Ali Faqui aprendeu a cantar sozinho.
Entretanto na sequência das suas actuações ambulantes
como músico de rua teve a oportunidade de conviver com os músicos da Escola
Militar de Nampula com quem desenvolveu a sua aprendizagem musical e prática de
conjunto A partir desse momento as suas obras começaram a ser notáveis e aplaudidas
consequentemente acompanhadas por todos aqueles que se identificavam com os seus
trabalhos.
Em 1995 o músico viajou pela primeira vez para a cidade capital
com o objectivo de aprimorar a sua forma de trabalhar a música.
Ali Faqui trabalhou com artistas conceituados e como
prova do seu talento
logo no ano seguinte a sua chegada em 1996 foi galado com
o prêmio Revelação.
Em virtude dessa
troca de experiências e vendo que tudo finalmente estava dando certo em sua
vida Ali Faqui lançou a música que marcou um hino de louvor e a Deus e a sua
mãe Kinachukuru é uma obra de sucesso que se estende ao longo dos tempos a
mensagem contida na música para além de ter uma biografia triste do cantor
leva-nos a luta contra a discriminação racial em particular dos albinos outro
facto interessante sobre essa música é que quando Ali Faqui fez essa música
recebeu uma visita da mãe e ele cantou para ela, ela escutou com atenção e
começou a deixar cair lágrimas.
A partir de uma certa altura a vida de Ali mergulhou novamente no mar de obstáculos por várias vezes foi burlado pelos promotores de eventos trabalhou com diversas firmas que usaram a imagem dele depois de vários empresários Ali Faqui mudou-se para pedir disco onde o artista viveu o maior martírio ele era uma das pessoas menos pagas na empresa com o andar do tempo Ali descobriu que os seus colegas auferiam cerca de 200 mil meticais e com algumas subvenções enquanto ele apenas ganhava cinco mil meticais e sem direito a mais nada.
Ali Faqui pai de três filhos e ainda luta para não ser
dado como musicalmente falido apesar da falta de fundos no contexto das Artes e
letras em Moçambique é uma referência obrigatória quando o assunto é a música
sobretudo no que se refere a música tradicional.